sábado, 19 de dezembro de 2009

2012

Roland Emmerich – O diretor!
Se consultássemos a ficha-corrida de Emmerich, teríamos uma idéia do que estava por vir em 2012 (seu último filme).
Mas, como o assunto (2012 – o ano em si) é, de certa forma, a moda cataclísmica do momento – e pior – apoiada por um levante de estudiosos das civilizações antigas (em especial a Maia), imaginei (inocente que sou), que estaríamos diante de um filme mais rebuscado, menos clichê e, principalmente, mais envolvido com o tema.
Só pra situar um pouco, essa nova “onda” não é exclusividade dos Maias. Muitas outras culturas antigas apontam para 2012 (ou próximo disso), como um ponto de mudança. Mas, como o calendário maia tem se mostrado muito preciso para tantos outros fenômenos, tornou-se mais prudente basear-se nele.
Nota-se porém, que muitos desses estudiosos não apontam para 2012 como o fim do mundo, ou dos tempos, ou da terra ou da humanidade. Falam em uma mudança grande impussionada por uma maior liberação de energia pelo sol em direção de nosso planeta. Isso sim, traria mudanças climáticas e toda uma sorte de eventos que mudariam o nosso planeta. Mas não se fala da extinção da vida por esses lados de cá.
Com efeito, o assunto tem se tornado recorrente em muitas culturas atuais e a preocupação com o teor dessas previsões são cada vez maiores.
Diante de tudo isso, Emmerich deixou de fazer um filme bom pra fazer mais um filme-catástrofe, muito comum em sua filmografia, onde priorizou a catástrofe em si. A estória perde sentido ao passo que a única busca é pela chegada na China para poderem embarcar numa espécie de Arca que os salvaria do fim do mundo.
Nessa busca, o cinema pobre entra em cena. Tudo o que é incomensurável ocorre. Pra quem viu, como eu, Máquina Mortífera 4 ou Duro de Matar (qualquer um dos 4), tem uma idéia do que estou falando. Cenas da limosine em alta velocidade saltando rampas e atravessando (voando) fissuras causadas por tremores de terra, avião sendo pilotado por um cara que não tem experiência nenhuma, O outro avião (de carga, enorme) que consegue levantar vôo numa pista minúscula. Tudo isso com o mundo caindo nas costas de nossos “heróis” que, como tudo no cinema-catástrofe, conseguem se livrar do pior sempre no último segundo. O filme chega ao ponto de mostrar o avião perdendo o trem de pouso quando está levantando vôo e passa raspando a Torre Eiffel que 1 segundo depois desmorona.
Os efeitos especiais são ótimos. Talvez seja o que salve os 20 paus pagos na bilheteria do Cinemark. Ainda assim, eu espera muito, mas muito mais desse filme.
Roteiro é bem clichê à moda de Independence Day, O dia depois de amanhã (ambos de Emmerich) e A Guerra dos Mundos (do Spielberg). Receitinha americana básica de mostrar uma famíllia com os pais separados, tentando sobreviver à destruição do planeta. Aliás, eu poderia garantir que o roteirista de 2012 é o mesmo de A guerra dos Mundos, mas depois lembrei que este último é uma adaptação da obra de H.G. Wells.
Sobre o calendário maia e as previsões pouco se falou no filme (parte de minha decepção mora aí).
Agora, Woody Harrelson está fantástico no filme, desbanca Amanda Peet e John Cusack. E olha que gosto do Cusack atuando... Ele parece não fazer parte do filme. Vale a pena prestar atenção em sua atuação.
Pra finalizar, o que posso dizer?? Bom, Emmerich fez mais um blockbuster. Daqui pra frente, não vou mais crer que ele faça algo diferente dessa linha. Não que seja ruim. Ao que penso que ele se propõe, está de bom tamanho. Filmes simples, sem ter que se pensar muito, com cenas fortes de destruição e muitos efeitos especiais. Roteiros baratos e bom elenco.
Não recomendo!
É isso aí.

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Bruno Backup.